Esta crónica vai ser curta. Como a equipa dos Cavs.
Steve Kerr disse aos seus jogadores no primeiro desconto de tempo do jogo (aos 9:43 do 1º período, quando estavam a perder 7-0): "Eles estão a jogar com 7 jogadores, eles vão quebrar." E assim foi. Ao 4º jogo, os Warriors correram e os Cavaliers mostraram que afinal são humanos. Ao 4º jogo, Kerr alterou o cinco inicial (passou Andrew Bogut para o banco e começou com Curry/Thompson/Iguodala/Barnes/Green) e optou pelo small ball logo desde o início, numa tentativa de aumentar o ritmo de jogo.
E, desde o início, foi isso que os Warriors fizeram. Correram, aceleraram o jogo e tentaram sempre atacar a um ritmo mais elevado. Moveram a bola mais e mais rápido, foram mais móveis e ativos no ataque, fizeram mais passes (muitos ataques com Green a desfazer dos pick and rolls, a receber a bola e a distribuir a partir daí) e no fim do 1º período já deviam ter quase tantos lançamentos sem oposição como na série toda.
Foi o melhor 1º período da série para Golden State (máximo de pontos num 1º período - 31). E continuaram a correr no segundo. Ao intervalo, tinham 14 assistências em 20 lançamentos concretizados e o máximo de pontos numa primeira parte na série (54).
Mas a mudança no cinco não foi a única alteração táctica de Steve Kerr. Na defesa a LeBron ajudaram mais e fizeram mais vezes 2x1, para lhe tirar a bola das mãos e obrigar os outros Cavs a fazer mais. O que, evidentemente menos frescos que nos jogos 2 e 3, não conseguiram fazer (os ressaltos ofensivos e a clara vantagem no interior eram a única coisa que atenuava essa diferença - ao intervalo tinham 14-22 na área pintada e apenas 3-24 fora dela).
Os Cavs pareciam fatigados e sem pernas para acompanhar os Warriors. No 3º período, ainda foram buscar forças não se sabe aonde para recuperar e reduzir para 3 pontos, mas os Warriors voltaram a correr e no 4º acabou o combustível à equipa de Cleveland. LeBron e Dellavedova estavam exaustos e recebiam massagens em todos os descontos de tempo, toda a equipa estava de rastos (Mozgov era o único que ainda parecia ter forças para lutar no interior, tentaram ir mais para ele, mas foi muito insuficiente) e os Warriors fugiram definitivamente no marcador.
Os Warriors baixaram a altura do cinco e subiram o ritmo e a velocidade do jogo. E os Cavs não tiveram pernas para acompanhar. Jogar só com 7 jogadores faz destas coisas (e James Jones e JR Smith andam a dividir os minutos entre si, por isso os Cavs andam a jogar quase com cinco jogadores e a espremer o seu cinco inicial ao máximo).
Agora só jogam domingo e vão ter, por isso, um muito necessário e bem-vindo dia extra de descanso. Vamos ver se ainda arranjam forças para lutar pela série ou se esta virou definitivamente.
LeBron marcou muitos pontos nestas séries mas 50/129 em lançamentos de campo (38%) não é uma percentagem que ele se possa orgulhar. Nem pouco mais ou menos.
ResponderEliminarGrande parte dos lançamentos convertidos (e falhados) são os que vai jogar a poste baixo, e tem uma maior percentagem de sucesso.
Ele neste jogo lançou menos (22 vezes quando nos outros jogos andou ali entre as 34-38 tentativas), talvez para tentar envolver mais os seus companheiros. Ele sozinho não vai conseguir ganhar o titulo, e já o percebeu.
Agora, quem ele tem para dar o passo em frente? J.R Smith é o nome que surge em primeira instância, mas aqueles lançamentos "vai já daqui" desesperam qualquer um.
GS fez o que já devia ter feito, que era tirar o Bogut da equipa (incrivelmente a recuperação dos Cavs aconteceu quando ele estava em campo), rodar mais a bola e apostar na velocidade.
O incrivel é que GS dá 21 pontos aos Cavs, e Kyle Thompson passou ao lado do jogo...
Se não tivesse passado...
@tiagosantos
A questão é outra: porque é que o Blatt só joga com esses 7?
ResponderEliminarO Haywood não pode jogar 4 ou 5 minutinhos?
O Marion veio para quê?
O Miller já não se aguenta de pé?
Já vamos em 10...
A pior percentagem de lançamento que MJ teve nas 6 finais que disputou foi 41% (E em 90-91 chegou a lançar a 55%)
ResponderEliminarLeBron vai com 38%.
H.Faria